sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Projeto apresenta poetas pernambucanos para alunos de escolas públicas

Alunos da rede pública de ensino da Região Metropolitana do Recife passarão a contar, a partir desta sexta-feira (26), com workshops gratuitos sobre os poetas pernambucanos. Trata-se do projeto Pernambucando nas Escolas, que irá promover, às 9h, uma oficina para estudantes das escolas públicas da capital pernambucana, dedicado aos poetas Carlos Pena Filho e Celina de Holanda.

Na próxima segunda (29), às 14h, é a vez dos alunos de Jaboatão dos Guararapes aprenderem sobre a obra de Alberto Cunha Melo e Maria Barreto Campelo. Já na terça (30), também às 14h, Lucila Nogueira e Tereza Tenório serão os objetos de estudo. No Recife, as oficinas serão ministradas no auditório do IEP, e em Jaboatão, no Espaço Ermírio de Moraes, em Piedade.

O projeto, coordenado pelo escritor André Cervinskins e com curadoria pedagógica de Raimundo Carrer, vai trabalhar a literatura de forma compreensiva, fortalecendo o conhecimento sobre os poetas locais, além de estimular a leitura. Os alunos participantes receberão um kit com o livro 'O Brasil de Manuel Bandeira' e um CD com poemas na voz de Bandeira.

As inscrições para os cursos podem ser realizadas pelo telefone: (81) 3082.4871 /9654.6507.

Fonte: PE360graus.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Chão dos cabelos roxos


Corremos desembestados pela rua tentando se livrar do pegador. Como ele era rápido demais, a estratégia era procurar algum lugar que servisse como esconderijo. Dois deles, coitados, já haviam virado estátua, quando de uma hora pra outra alguém veio com a brilhante idéia.:Vamos lá pra baixo, pro pé de jambo? Descemos correndo até o terreiro. Enquanto uns tentavam subir na árvore, eu preferia ficar sentado na sombra enquanto mastigava algumas daquelas deliciosas folhas, que caiam com o alvoroço dos meninos pendurados lá em cima. Ouvia a pancada dos frutos no chão dos cabelos roxos, deixando aquele cheiro de jambo pairando no ar. Adorava jambo. Ainda assim, preferia mastigar as folhas.

França recorda Jean Genet, escritor genial, delinquente, ladrão

Jean Genet será homenageado durante cinco dias. Foto: Reprodução
Jean Genet era considerado poeta, 
narrador e dramaturgo -  
Foto: Reprodução
A França recorda o escritor Jean Genet (1910-1986) por ocasião do centenário de seu nascimento, com um espetáculo a ser apresentado em Paris na próxima terça-feira (23), no Teatro Odéon.

A apresentação ficará por conta da atriz Jeanne Moreau, ao que se seguirão debates, leituras, filmes e até um show de rock.

O diretor do Odeón, Olivier Py, que considera o poeta, narrador e dramaturgo um "rebelde absoluto", afirmou que a homenagem de cinco dias evoca "os três corpos de Genet: poético, político e espiritual".

Moreau, que foi amiga do autor, e o cantor pop Étienne Daho vão interpretar, juntos, O Condenado à morte, um longo poema de amor escrito por Genet em 1942, da prisão de Fresnes, periferia de Paris, onde cumpria pena por roubo.

Em dueto, Moreau e Daho relembrarão a primeira obra conhecida de Genet, que também evoca em suas criações literárias dois romances escritos na prisão, nos quais fala da orfandade - foi abandonado aos sete meses -, do reformatório, da delinquência, de sua vida de desertor da Legião Estrangeira e de seus amores homossexuais.

Fonte: Terra

Quem foi Jean Genet?

Jean Genet (Paris, 19 de dezembro de 1910- 15 de abril de 1986) foi um proeminente e controverso escritor, poeta e dramaturgo francês.

Filho de uma prostituta, de pai desconhecido, foi adotado por um casal de Morvan, na Borgonha. Naquele tempo era comum enviar às regiões rurais as crianças abandonadas da capital.

Após abandonar a família adotiva, Genet passou a juventude em reformatórios e prisões onde afirmou sua homossexualidade. Enquanto compunha romances ou peças consagradas como O Balcão, Os Negros e Os Biombos, criou uma mitologia pessoal marcada por escândalos, roubos e rixas. Colecionou uma sucessão de amantes, que o acompanharam pelo baixo mundo parisiense e conquistou a nata da intelectualidade européia. Seus primeiros trabalhos, Nossa Senhora das Flores e O Milagre da Rosa, chamaram a atenção de Jean Cocteau, mas foi através da influência de Jean Paul Sartre que ficou famoso.

Foi também amigo de outras importantes personalidades de seu tempo: o filósofos Jacques Derrida e Michel Foucault, os escritores Juan Goytisolo e Alberto Moravia, os compositores Igor Stravinski e Pierre Boulez, o diretor de teatro Roger Blin, os pintores Leonor Fini e Christian Bérad, os líderes políticos Georges Pompidou e François Mitterrand.

Depois do suicídio de um de seus amantes e do amigo e tradutor Bernard Frechtman, ele próprio tentou matar-se. Genet atravessou a década de 1960 colhendo frutos de sucesso de seus romances, peças e roteiros. Mas, a partir dos anos 1970 até a sua morte, em 1986, engajou-se na defesa de trabalhadores imigrantes na França, assumiu a causa dos palestinos e envolveu-se com líderes de movimentos norte-americanos como Panteras Negras e Beatniks.

Publicou suas memórias no livro "Diário de um Ladrão", onde narra suas aventuras e andanças pela Europa, suas paixões e seus sentimentos.

Brasil

O Balcão tornou-se uma montagem de grande sucesso no teatro brasileiro, encenada pelo diretor argentino Victor Garcia, numa cenografia muito peculiar e inovadora, produzida por Ruth Escobar na sala Gil Vicente em 1969.
O cenógrafo arquiteto Wladimir Pereira Cardoso descreve este cenário, no programa do espetáculo:
Desde meu primeiro cenário para Soraya, Posto 2, de Pedro Bloch, eu tinha a preocupação das soluções verticais. Ali, dentro do palco italiano construí um edifício de cinco andares. Na verdade, eu já havia imaginado um cenário semelhante ao Balcão para o espetáculo shakespeareano que o diretor inglês Mike Bodganov deveria montar a convite da Ruth Escobar. Daí como no Globe Theatre de Londres, a solução eram cinco andares. Esta forma afunilada se presta muito para que os espectadores, ao mesmo tempo em que têm uma visão global do bordel, fiquem como que suspensos no ar (…) Quando estive em Praga, dialoguei muito com o cenógrafo Svoboda, que fez um palco acrílico iluminado de baixo para cima. Em O Balcão utilizo uma idéia semelhante, iluminando-se o ambiente por meio de um espelho parabólico, escavado no concreto do porão, que está cinco metros abaixo do palco. Ficou uma concha elipsoidal com plástico espelhado, desempenhando função semelhante à de um farol de automóvel.(…) Há ainda um módulo que sobe e desce. Neste palco móvel passam-se muitas cenas, mas os atores distribuem-se por todo o teatro, inclusive nos passadiços inclinados em que fica o público. Do urdimento, desce uma rampa em espiral com nove metros de altura, sendo utilizada em alguns quadros (do espelho parabólico ao urdimento há uma distância de 20 metros). Além disso, foram instalados cinco elevadores individuais e dois guindastes suspendem duas gaiolas, onde dialogam Irma e Carmem. (in Ana Lúcia Vasconcelos, acesso em 16/10/2009)

Fonte: Wikipédia

Festival de Brasília começa nesta terça com tributo a Reichenbach

Amor? filme  
Julia Lemmertz em cena do longa 'Amor?', que
participa da competição (Foto: Divulgação)
O 43º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro começa nesta terça-feira (23) com uma homenagem ao diretor Carlos Reichenbach. O evento será aberto com a exibição do filme “Líliam M – Relatório confidencial”, produzido por Reichenbach em 1974, em cópia restaurada, somente para convidados. O curta inédito “50 anos em 5”, de José Eduardo Belmonte (de “Se nada mais der certo”), também participa da cerimônia de abertura.

Este ano, o festival apresenta seis longas-metragens, 12 curtas-metragens em 35mm e 22 curtas e médias-metragens digitais em competição. Entre os longas que disputam o Candango de melhor filme, no valor de R$ 80 mil, estão os novos trabalhos dos diretores João Jardim (de “Janela da alma”) e Eryk Rocha (de “Pachamama”), que lançam “Amor?” e “Transeunte”, respectivamente. O primeiro é uma mistura de documentário e ficção que reúne Julia Lemmertz, Lilia Cabral e Eduardo Moskovis no elenco. Já “Transeunte” mostra o cotidiano de um aposentado que vaga pelas ruas do Rio de Janeiro.

Também concorrem “A alegria”, da dupla Felipe Bragança e Marina Meliande, premiada no Festival de Tiradentes, “Os residentes”, segunda produção do crítico de cinema Tiago Mata Machado, “O céu sobre os ombros”, longa de estreia do mineiro Sérgio Borges, e “Vigias”, do brasiliense radicado em Recife Marcelo Lordello.

PremiaçãoNo dia 30, data do encerramento, serão conhecidos os vencedores da 43ª edição do evento, com exibição do longa "Os deuses e os mortos", de Ruy Guerra, em sessão também restrita a convidados.

O júri da mostra competitiva de filmes em 35mm (longas e curtas) será formado por Ana Miranda (romancista), André Brasil (pesquisador de Comunicação e Cinema), Anna Muylaert (roteirista e diretora), Antonio Carlos da Fontoura (produtor, escritor e diretor), Bidô Galvão (atriz), Erik de Castro, (diretor) e Kleber Mendonça (crítico de cinema, diretor e roteirista). Já o júri da mostra de filmes em digital terá André Miranda (diretor), Anna Azevedo (diretora) e Suzy Capó (distribuidora).

A programação detalhada, com todas as reprises e atividades paralelas, pode ser acessada nos sites www.festbrasilia.com.br.

Fonte: G1

sábado, 20 de novembro de 2010

Prêmio Jabuti cria polêmica no meio literário


A decisão da editora Record de abandonar o prêmio Jabuti, anunciada na semana passada, chamou a atenção para o regulamento da festa, promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Autores como Laurentino Gomes e Cristóvão Tezza, laureados em edições anteriores, defendem regras mais claras para a escolha do vencedor de Livro do Ano, entregue para “Leite Derramado” (Companhia das Letras), de Chico Buarque, que havia ficado em segundo lugar na categoria Romance na primeira fase do prêmio, atrás de "Se Eu Fechar os Olhos Agora" (Record), de Edney Silvestre. Contestada, a vitória motivou a criação de uma petição online, intitulada “Chico, devolve o Jabuti!”, com quase 6 mil assinaturas.

Em seu blog, Laurentino Gomes – autor do best-seller “1808”, ganhador do Jabuti de Melhor Livro-Reportagem e Livro do Ano de Não-Ficção, e “1822”, há dez semanas na lista dos mais vendidos – afirma que o afastamento da Record é ruim para a existência de um “mercado editorial ágil e vigoroso” no país e compara a situação ao impasse da revista Veja nos anos 1990 com os critérios de avaliação do prêmio Esso de Jornalismo. A revista decidiu não concorrer mais à premiação e o Esso, segundo ele, perdeu a relevância. “É preciso evitar que isso se repita com o Jabuti”, escreve. “A hora é de negociação e entendimento, não de confronto. A literatura brasileira merece esse esforço.”

Criado em 1957, o Jabuti se tornou ao longo das décadas o prêmio mais prestigioso da literatura nacional. A partir de 1991, além do troféu por categorias, passou a entregar o prêmio de Livro do Ano de Ficção e, dois anos depois, também o Livro do Ano de Não-Ficção. A primeira fase da premiação conta com um júri de três especialistas por categoria – 21 no total, como Romance, Poesia, Tradução e Capa, por exemplo –, que distribuem os vencedores entre primeiro, segundo e terceiro lugar. Para Livro do Ano, todos eles concorrem, não só o primeiro colocado, e o ganhador é escolhido a partir dos votos dos associados da CBL, que envolve ainda entidades como o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Associação Nacional de Livrarias (ANL) e Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL).

Na última década, ao menos em outras duas ocasiões o vencedor de Livro do Ano também não venceu em sua categoria original. Em 2004, Chico Buarque, terceiro colocado em Romance com “Budapeste”, foi o escolhido, enquanto “Mongólia”, de Bernardo de Carvalho, havia sido o eleito pelo júri. Em seu site oficial, a CBL cita a incongruência como um “fato curioso” na história da premiação. Em 2008, a mesma coisa aconteceu: Cristovão Tezza, que arrebatou a grande maioria dos prêmios literários da época com “O Filho Eterno”, inclusive o Jabuti na categoria Romance, viu o Livro do Ano nas mãos de Ignácio de Loyola Brandão, segundo lugar na categoria infantil com “O Menino que Vendia Palavras” – “Sei Por Ouvir Dizer”, de Bartolomeu Campos de Queirós, era o primeiro.

“Desrespeito” ao júri
Em entrevista ao iG, o presidente do Grupo Editorial Record, Sérgio Machado, admite que a primeira fase do prêmio é conferida por especialistas e a segunda, o Livro do Ano, representa, de certa forma, os empresários do setor. Machado, no entanto, não acredita no mérito de uma premiação assim, que, segundo ele, pelo número de votantes, favoreceria pessoas com maior capacidade midiática, caso de Chico. Além disso, duvida que os participantes tenham lido os concorrentes. “Vocês estão dizendo que ‘Leite Derramado’ é melhor do que ‘Se Eu Fechar os Olhos Agora’? Quem leu, não achou.”

Para o empresário, o objetivo de um prêmio literário é surpreender e revelar, “indicar o novo”, não aquilo que o leitor já conhece, e alfinetou mais uma vez os colegas e a CBL, afirmando que, se a ideia é contrariar os jurados, o Livro do Ano podia ser entregue a qualquer obra, não só aos finalistas da primeira fase. “Se de fato o setor entende que os júris não são confiáveis, capacitados, então por que restringir a eleição aos três primeiros colocados?”, pergunta. “Esse regulamento é desrespeitoso com os autores, que perdem, e o júri, que vê sua escolha técnica desautorizada publicamente.”

Na opinião de Laurentino Gomes, uma solução justa, transparente e fácil de entender seria que só os ganhadores de cada categoria pudessem concorrer. “Essa lista tríplice deixa um grau de relativismo sobre o que se está julgando, se qualidade literária, venda, nome do autor... Cria polêmica onde não deveria ter.” Por isso mesmo, Cristovão Tezza, embora receoso ( “tudo o que eu disser pode soar em defesa de causa própria”), defende regras claras para a premiação. “É preciso critérios mais literários, objetivos. A marca Jabuti é um patrimônio brasileiro, de grande relevância, que às vezes deixa de ser por questões esdrúxulas, incompreensíveis para o leitor comum.”

Política na premiação
O relativismo apontado por Laurentino tem destino certo na boca do presidente da Record: política. A carta assinada por ele falava em “critérios políticos” e "pequena política do setor livreiro-editorial". O primeiro ponto, segundo Machado, tem a ver com os gritos de “Dilma, Dilma” da plateia quando Chico Buarque, correligionário célebre, subiu ao palco da Sala São Paulo para receber o prêmio, no dia 04 de novembro.

Além disso, a ganhadora do Livro do Ano de Não-Ficção, a psicanalista Maria Rita Kehl, teve notoriedade na época da eleição por defender abertamente uma candidatura em sua coluna no jornal O Estado de São Paulo. “Isso me deu a sensação de que o prêmio tivesse se contaminado por valores políticos e não de conteúdo”, diz Machado. “Nem estou alegando que tenha sido, mas da forma como está formulado, permite esse tipo de situação. Evidentemente não são critérios literários.”

Já a "pequena política do setor livreiro-editorial" estaria relacionada a um eventual interesse de favorecer uma editora a outra, o que prejudicaria o autor. “Isso tudo é possível dentro das regras atuais”, continua Machado.

O protesto que motiva a petição online “Chico, devolve o Jabuti!” segue o mesmo raciocínio. A apresentação do abaixo assinado garante que ocorreu uma premiação política, e não literária. “Como pode o segundo lugar da subcategoria se transformar, depois, no primeiro lugar da categoria geral? É uma lógica ou malandra ou asinina. Burros, eles não são. Então se trata mesmo de malandragem”, diz o texto.

Para Laurentino Gomes, a devolução do Jabuti só pioraria as coisas. “É mais ou menos como querer tirar o Tiririca do Congresso depois dele receber mais de um milhão de votos. Imagina, cassar o Jabuti do Chico, resolver no tapetão? É tornar o problema maior do que já é.” A Companhia das Letras, editora dos livros de Chico Buarque, não quis se manifestar.

“Chanchada” literária
O presidente da Record também não questiona o dono do prêmio – “Chico deveria ganhar até o Nobel” –, mas insiste na mudança das regras e explica que a decisão da editora de deixar o Jabuti pretende, no fundo, estimular um debate democrático. “Levantei essa questão para que todo mundo possa discutir. Mesmo participante assíduo do prêmio, não fui lá apresentar sugestões porque parece uma ação de querer manipular.” Por isso, diz ter feito tudo com grande antecedência, para não prejudicar a próxima edição do Jabuti. “A CBL não pode afirmar que está surpreendida, José Luís [Goldfarb, presidente da comissão do prêmio] reconhece que é muito cobrado.”

Em comunicado, a CBL afirma que todos os participantes declaram conhecer as regras no ato da inscrição e que, ao longo de 52 anos, o Jabuti “sempre se pautou pela lisura e cumprimento de seu regulamento”. A entidade ainda atesta que os votantes de Livro do Ano de Ficção e Não-Ficção são “representantes do mercado editorial com profundo conhecimento do universo do livro e da literatura”. Mesmo assim, explica que os questionamentos sobre o regulamento serão debatidos pela comissão do prêmio na primeira reunião do Jabuti 2011.

Machado comemora, mas sustenta que a Record só voltará a disputar o Jabuti se ocorrer alguma mudança. Isso não significa, no entanto, que os próprios autores não possam se inscrever: o presidente da editora deixou essa possibilidade aberta, ou “facultativa”, como diz. “Não posso obrigá-los, mas eles que peguem o dinheiro e façam a inscrição. Não quero financiar essa comédia, o que não quer dizer que a chanchada não possa continuar.”

Marco Tomazzoni, iG São Paulo
Foto:AE

Chico Buarque ganha mais um prêmio com 'Leite Derramado'

Chico Buarque recebe prêmio Portugal Telecom de Literatura. Foto: Leandro Soares/Agência Estado 
Chico Buarque recebe o Prêmio Portugal Telecom de Literatura
Foto: Leandro Soares/Agência Estado


Na noite desta segunda-feira (8), o cantor, compositor e escritor Chico Buarque de Holanda levou mais um prêmio com seu último livro Leite Derramado. Depois do Prêmio Jabuti, conquistado na semana passada, Chico Buarque recebeu agora o Prêmio Portugal Telecom de Literatura - troféu e R$ 100 mil, recebidos das mãos de Pilar del Rio, viúva do escritor José Saramago.

Em segundo lugar, e com um prêmio de R$ 35 mil, ficou Rodrigo Lacerda, com o livro Outra vida. Armando Freitas Filho conquistou a terceira posição e um prêmio de R$ 15 mil com seu livro Lar.

Fonte: Terra

Patti Smith ganha prêmio literário e Tom Wolfe é homenageado

O roqueira venceu por seu livro 'Só Garotos' e o escritor foi homenageado pela contribuição a literatura norte-americana. Foto: AP 

A roqueira Patti Smith estava entre as grandes vencedoras na cerimônia de entrega do Prêmio Nacional do Livro (National Book Awards) dos Estados Unidos na quarta-feira (17) por seu livro de memórias Só Garotos. Ela recebeu o prêmio às lágrimas e pediu que as editoras não deixem a tecnologia acabar com os livros tradicionais.

Tom Wolfe, autor de best-sellers como A Fogueira das Vaidades, Os Eleitos e O Teste do Ácido do Refresco Elétrico, venceu a medalha pela contribuição às letras norte-americanas. Jaimy Gordon superou autores como Peter Carey e Nicole Krauss ao ganhar o prêmio na categoria de ficção por Senhor de Misrule, publicada pela McPherson & Co.

A noite teve espaço para piadas sobre a condição atual da indústria editorial de livros, que está vivendo um período conturbado com o surgimento do mercado de livros eletrônicos. Smith, uma cantora-compositora e poeta norte-americana de 63 anos, se emocionou ao receber o prêmio de não-ficção por Só Garotos, sobre suas dificuldades durante a juventude e o relacionamento com o fotógrafo americano Robert Mapplethorpe.
"Não existe nada mais belo que um livro, o papel, a fonte, o tecido", disse Smith, cuja obra foi publicada pela Ecco, da HarperCollins. "Por favor, não importa o quanto avancemos tecnologicamente, por favor nunca abandonem o livro".

Wolfe, de 79 anos, um dos defensores do estilo "novo jornalismo" nos anos 1960, lembrou de seus primeiros trabalhos de reportagem e deu o conselho aos futuros romancistas: "primeiro, deixe o prédio e depois sente para escrever´". O prêmio de poesia foi para Terrance Hayes por sua quarta coleção Lighthead, da Penguin Books. 

Kathryn Erskine venceu o prêmio de literatura para jovens, por Mockingbird, publicada pela Philomel Books, da Penguin Young Readers Group. Na lista de um dos prêmios literários mais importantes dos Estados Unidos estavam 13 mulheres entre os 20 finalistas.
Segundo a Fundação Nacional do Livro norte-americana foi o maior número de mulheres indicadas na história da premiação. Cinco finalistas disputam cada uma das quatro categorias, e o vencedor recebe 10 mil dólares

Foto: AP
Fonte: Terra.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Feira atrai grandes ilustradores do Brasil

A artista Ana Terra, em um encontro de contação de histórias

Em uma exposição que reuniu os maiores ilustradores infantis do país, a 7ª Traçando História, a artista Ana Terra foi um talento que saiu das oficinas de desenho e caiu nas páginas dos livros.
Ao lado de Ana Terra (foto), nas paredes, estão nomes de peso da ilustração infantil. Craques do traço como Eva Furnari (criadora da célebre Bruxinha, que nasceu na Folhinha), Angela-Lago e Ana Raquel, formadas com a pintura mas que se enveredaram pelas ferramentas digitais. As três são donas de prêmios Jabuti, completaram 30 anos de carreira e foram homenageadas em um espaço especial da mostra. 

A cada dois anos, o Traçando Histórias passa pela Feira do Livro de Porto Alegre, a maior do gênero na América Latina. Antes de ter esse nome, existia uma exposição menor, o Largo dos Ilustradores, com apenas fotocópias de artistas renomados. 

Já na época do Largo, o ambiente foi ideal para que Ana conhecesse técnicas de ilustração enquanto ajudava como monitora e fazia narração de histórias. "As pessoas viam meu trabalho e começavam a me incentivar. Por que você não ilustra, Ana?", conta a artista. 

Um dos maiores do ramo, o pernambucano Andre Neves, percebeu a capacidade de Ana e a ensinou a fazer um portfólio para entrar em contato com as editoras. Hoje, ela já tem quase 40 trabalhos publicados, alguns com textos próprios. 

LUCIANO BOTTINI FILHO
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE (RS)  
Folha de SP.

Livros mostram as aventuras de simpáticos ratinhos

Os livros As aventuras de um pequeno ratinho na cidade grande e Numa noite muito, muito escura têm várias coisas em comum: ambos são de autoria de Simon Prescott, são protagonizados por fofos ratinhos e são ricamente ilustrados. Esses dois lançamentos da Publifolha encantam pela simplicidade das suas histórias e pela delicadeza das ilustrações.

As aventuras de um pequeno ratinho na cidade grande conta a história de um ratinho do campo que, ao receber um convite de um amigo para conhecer a cidade, resolve deixar sua vida tranquila e viajar. Com simplicidade, o livro descreve as emoções vivenciadas pelo pequeno viajante ao chegar na cidade grande: inicialmente, ele se assusta, mas depois fica feliz por estar em um lugar tão divertido e grandioso, para ser, então, tomado pelas saudades de casa. A aventura é baseada na fábula de Esopo "O Rato do Campo e o Rato da Cidade"

Em Numa noite muito, muito escura, o leitor vive junto a um corajoso ratinho vários momentos de suspense, enquanto ele faz um passeio em uma noite muito escura, na qual não sabemos o que vamos encontrar mais à frente. O ratinho vai enfrentar o medo e seguir em frente, para encontrar, no final da aventura, uma surpresa especial.

O grande atrativo dos dois livros, de formato grande e encadernados em capa dura, são as grandes e belas ilustrações, que prometem fascinar os pequenos. As histórias são simples, mas podem trazer à tona boas conversas sobre temas como coragem, amizade, confiança, saudade e a importância de valorizarmos nosso lar.

Serviço

Numa Noite Muito, Muito Escura
Autor: Simon Prescott
Editora: Publifolha
Edição: 1a. edição, 2010
Número de páginas: 32 páginas
Formato: 21 cm x 30 cm (largura x altura)

As Aventuras de um Pequeno Ratinho na Cidade Grande
Autor: Simon Prescott
Editora: Publifolha
Edição: 1a. edição, 2010
Número de páginas: 32 páginas
Formato: 30 cm x 21 cm (largura x altura)

Fonte: JC Kids/JC Online