Em setembro do ano passado, uma notícia estourou como uma bomba nos quatro cantos do planeta: um pedaço de crânio no qual se podia constatar um furo produzido por um tiro de pistola, considerado até então como prova irrefutável de um suicídio cometido por Adolf Hitler, em seu bunker, era o de uma mulher que deveria aparentar entre 20 e 40 anos. Para quem não se lembra, diante da inexistência de cadáveres, Hitler e sua mulher Eva Braum seriam declarados mortos logo depois de uma década de seus desaparecimentos, cumprindo-se a legislação alemã. Para refrescar a memória, é bom também recordar que Stalin “sempre negou que, ao ocupar Berlim, suas tropas tivessem encontrado os cadáveres de do casal Hitler-Eva”. Segundo o ditador russo, ambos deveriam ter fugidos em um ou vários submarinos alemãs, talvez para a Espanha ou Argentina.
Apesar de, nos primeiros dias de janeiro de 2010, o governo argentino, através do Decreto nº 4/10, determinar o fim de qualquer restrição ao acesso público a toda documentação e informação vinculada às ações repressoras das Forças Armadas na ditadura 1976-1983, sob um argumento relevante - “passados mais de 25 anos de restabelecido o Estado democrático, não é possível continuar permitindo a inacessibilidade de tal informação e documentação, sob o argumento do do caráter de ‘segredo de Estado’ ou qualquer outra classificação de segurança que impeça o conhecimento da história recente, cerceando o direiro de a sociedade conhecer o seu passado” -, até os dias de hoje mantida se encontra a proibição de investigar sobre os submarinos alemães afundados na costa argentina, que teriam sido utilizados por altos dignatários do regime nazista. Proibição também seguida pelo Reino Unido, onde continua em vigor uma incompreensível censura sobre tudo que se relaciona com a fuga de nazistas em submarinos para a Argentino, um segredo militar que deve durar 70 anos, segundo a legislação estabelecida. É voz corrente, na Argentina, que os submarinos alemães U-530 e U-977 foram afundados, após a rendição, em Mar del Plata, em julho/agosto de 1945, das suas respectivas tripulações. Segundo inúmeros testemunhos, outros submarinos teriam também desovados nazistas graduados nas praias de Miramar, Mar del Sur e Necochea.
Também deveriam ser eliminadas as versões infantilizadas das causas que provocaram o afundamento do cruzador brasileiro Bahia, causas que ofendem gravemente a memória do comandante Garcia D’Ávila Pires e seus oficiais e soldados mortos, inclusive 4 norte-americanos, salvando-se apenas 36 tripulantes. Hoje, não mais se discute: o cruzador brasileiro Bahia, o navio líder da classe dos cruzadores da Marinha do Brasil, foi torpedeado por submarinos alemães, em 4 de julho de 1945. A versão oficial apresentada até hoje, segundo os autores de Ultramar Sul – A Última Operação Secreta do Terceiro Reich, Juan Salinas e Carlos de Nápoli, editora Civilização Brasileira 2010, “é injusta para com o histórico de combate da Marinha brasileira, como as notáveis perseguições por ela efetuadas, mesmo após terminada a guerra”. E disseram mais: “Em vários sentidos, a persistência do ocultamento do motivo pelo qual o Bahia foi posto a pique é ainda mais surpreendente que o ocultamento das circunstâncias que cercaram o desaparecimento de Hitler. Porque parece mais simples descerrar o véu no caso do naufrágio”.
Um jornalista argentino, Abel Basti, que há vários anos busca localizar os submarinos alemães afundados nas costas argentinas, em breve lançará o livro El exílio de Hitler, onde ele declara, baseado numa lista de passageiros em papel timbrado da Gestapo, que a polícia política nazista explicita que Adolf Hitler escapou de Berlim em um avião, no dia 26 de abril de 1945, em direção à sua cidade natal Linz, na Áustria, acompanhado da mulher e mais alguns seguidores, entre eles o SS Hermann Fegelein, secretário-geral do Partido, e Heinrich Müller, chefe da Gestapo. Da Áustria, embarcaram em um submarino para a Argentina.
Segundo Basti, há inúmeros testemunhos sobre a suposta presença de Hitler na Argentina. Inclusive ele cita declaração de Catalina Gamero, serviçal do casal Ida e Walter Eichorn, proprietários do Hotel Edén de La Falda, nazistas de primeira hora e admiradores do mandatário alemão.
As mentiras que edulcoram a História não poderão ser mantidas de pé por muito tempo. A persistência delas agride a inteligência dos que buscam a verdade. Inclusive sobre as Malvinas. É chegada a hora de explicitar o que realmente aconteceu, inclusive com os inúmeros brasileiros trucidados durante a ditadura militar de 1964.
PS. Reverencio aqui a senhora Elzita Santa Cruz, 97 anos, que persiste em saber informações sobre o paradeiro do seu filho Fernando, “desaparecido” durante a vigência do regime militar de 1964. Muitas outras senhoras também gostariam de ver a futura presidente Dilma Rousseff ordenar a abertura definitiva dos arquivos do regime militar, reivindicação antiga dos parentes dos desaparecidos brasileiros, inclusive da senhora mãe de Fernando Santa Cruz, um dos trucidados.
Apesar de, nos primeiros dias de janeiro de 2010, o governo argentino, através do Decreto nº 4/10, determinar o fim de qualquer restrição ao acesso público a toda documentação e informação vinculada às ações repressoras das Forças Armadas na ditadura 1976-1983, sob um argumento relevante - “passados mais de 25 anos de restabelecido o Estado democrático, não é possível continuar permitindo a inacessibilidade de tal informação e documentação, sob o argumento do do caráter de ‘segredo de Estado’ ou qualquer outra classificação de segurança que impeça o conhecimento da história recente, cerceando o direiro de a sociedade conhecer o seu passado” -, até os dias de hoje mantida se encontra a proibição de investigar sobre os submarinos alemães afundados na costa argentina, que teriam sido utilizados por altos dignatários do regime nazista. Proibição também seguida pelo Reino Unido, onde continua em vigor uma incompreensível censura sobre tudo que se relaciona com a fuga de nazistas em submarinos para a Argentino, um segredo militar que deve durar 70 anos, segundo a legislação estabelecida. É voz corrente, na Argentina, que os submarinos alemães U-530 e U-977 foram afundados, após a rendição, em Mar del Plata, em julho/agosto de 1945, das suas respectivas tripulações. Segundo inúmeros testemunhos, outros submarinos teriam também desovados nazistas graduados nas praias de Miramar, Mar del Sur e Necochea.
Também deveriam ser eliminadas as versões infantilizadas das causas que provocaram o afundamento do cruzador brasileiro Bahia, causas que ofendem gravemente a memória do comandante Garcia D’Ávila Pires e seus oficiais e soldados mortos, inclusive 4 norte-americanos, salvando-se apenas 36 tripulantes. Hoje, não mais se discute: o cruzador brasileiro Bahia, o navio líder da classe dos cruzadores da Marinha do Brasil, foi torpedeado por submarinos alemães, em 4 de julho de 1945. A versão oficial apresentada até hoje, segundo os autores de Ultramar Sul – A Última Operação Secreta do Terceiro Reich, Juan Salinas e Carlos de Nápoli, editora Civilização Brasileira 2010, “é injusta para com o histórico de combate da Marinha brasileira, como as notáveis perseguições por ela efetuadas, mesmo após terminada a guerra”. E disseram mais: “Em vários sentidos, a persistência do ocultamento do motivo pelo qual o Bahia foi posto a pique é ainda mais surpreendente que o ocultamento das circunstâncias que cercaram o desaparecimento de Hitler. Porque parece mais simples descerrar o véu no caso do naufrágio”.
Um jornalista argentino, Abel Basti, que há vários anos busca localizar os submarinos alemães afundados nas costas argentinas, em breve lançará o livro El exílio de Hitler, onde ele declara, baseado numa lista de passageiros em papel timbrado da Gestapo, que a polícia política nazista explicita que Adolf Hitler escapou de Berlim em um avião, no dia 26 de abril de 1945, em direção à sua cidade natal Linz, na Áustria, acompanhado da mulher e mais alguns seguidores, entre eles o SS Hermann Fegelein, secretário-geral do Partido, e Heinrich Müller, chefe da Gestapo. Da Áustria, embarcaram em um submarino para a Argentina.
Segundo Basti, há inúmeros testemunhos sobre a suposta presença de Hitler na Argentina. Inclusive ele cita declaração de Catalina Gamero, serviçal do casal Ida e Walter Eichorn, proprietários do Hotel Edén de La Falda, nazistas de primeira hora e admiradores do mandatário alemão.
As mentiras que edulcoram a História não poderão ser mantidas de pé por muito tempo. A persistência delas agride a inteligência dos que buscam a verdade. Inclusive sobre as Malvinas. É chegada a hora de explicitar o que realmente aconteceu, inclusive com os inúmeros brasileiros trucidados durante a ditadura militar de 1964.
PS. Reverencio aqui a senhora Elzita Santa Cruz, 97 anos, que persiste em saber informações sobre o paradeiro do seu filho Fernando, “desaparecido” durante a vigência do regime militar de 1964. Muitas outras senhoras também gostariam de ver a futura presidente Dilma Rousseff ordenar a abertura definitiva dos arquivos do regime militar, reivindicação antiga dos parentes dos desaparecidos brasileiros, inclusive da senhora mãe de Fernando Santa Cruz, um dos trucidados.
Blog Bate e Rebate , de Fernando Antônio Gonçalves
Foto: Autor desconhecido
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