domingo, 27 de março de 2011

Os 11 livros mais vendidos da história

Fazer uma lista exata dos livros mais vendidos da história seria impossível, mas todos sabem, por exemplo que a Bíblia Sagrada seria o primeiro lugar absoluto dessa lista, calcula-se que já esteja nas casa dos 6 bilhões de cópias. Outros livros religiosos como O Alcorão e o Livro de Mórmon. Alguns livros como os clássicos antigos são difíceis de calcular pois ainda não havia o conceito de comprar um livro, o que não significa que eles não foram reproduzidos milhões de vezes. Outros títulos como o livro Guiness dos recordes acabam sendo difíceis de se contar pois basicamente todo ano é um livro diferente.

Mas considerando apenas os dados da maior enciclopédia do mundo, a Wikipedia, vejamos quais fariam parte dessa lista, parcialmente copiada do blog do Kedj:

11 – O Alquimista (Paulo Coelho) – 1988 – mais de 65 milhões de cópias
Antes que você pergunte por que a lista tem 11 e não 10 como normalmente é feito, o motivo é que esse é livro em português melhor colocado. Apesar de todas as críticas e questionamentos sobre o autor, o fato é que esse livro o colocou em evidência no mundo da literatura e foi traduzido para dezenas de idiomas. O livro narra a história de um jovem pastor chamado Santiago que, após ter um sonho repetido, decide partir em uma longa viagem da Espanha ao Egito, pois, segundo o sonho, é lá, junto às pirâmides, onde ele irá encontrar um tesouro enterrado. Ao iniciar sua jornada ele se vê lançado em uma imprevisível busca por esclarecimento sobre os grandes mistérios que acompanham a humanidade desde o início dos tempos.



10 – O Apanhador no Campo de Centeio – (J. D. Salinger) – 1951 – mais de 65 milhões de cópias

É a obra máxima do escritor americano Jerome David Salinger, escrita em 1945 e publicada em 1951, que permanece sendo uma das mais influentes da literatura americana. O livro narra um fim-de-semana na vida de Holden Caulfield, estudante de um reputado internato para rapazes, volta para casa mais cedo no inverno, depois de ter recebido más notas em quase todas as matérias e ter sido expulso da escola.
No regresso para casa, decide fazer um périplo, adiando assim o confronto com a família. Holden vai refletindo sobre a sua curta vida, repassa sua peculiar visão de mundo e tenta definir alguma diretriz para seu futuro. Antes de enfrentar os pais, procura algumas pessoas importantes para si, como um professor, uma antiga namorada, a sua irmãzinha, e tenta explicar-lhes a confusão que passa pela sua cabeça.

9° - O Código da Vinci (Dan Brown) – 2003 – mais de 80 milhões de cópias
 
O Código Da Vinci causou polêmica ao questionar a divindade de Jesus Cristo.
A maior parte do livro desenrola-se a partir do assassinato de Jacques Saunière, curador do museu do Louvre. Robert Langdon, Sophie Neveu e Leigh Teabing vivem várias aventuras ao tentar desvendar códigos que deem resposta aos enigmas que Jacques Saunière deixou antes de morrer.

8° - O pequeno Principe (Antoine de Saint-Exupéry) – 1943 – mais de 80 milhões de cópias
O Pequeno Príncipe, é um romance. A princípio, aparentando ser um livro para crianças, tem um grande teor poético e filosófico. Também se trata da terceira obra literária mais traduzida no mundo, tendo sido publicado em 160 línguas ou dialetos.

7° - Ela, a Feiticeira (Henry Rider Haggar) – 1887 – mais de 83 milhões de cópias
O livro narra as aventuras Leo Vincey e Horace Holly em uma região inexplorada da África, onde eles encontram uma civilização obediente a uma misteriosa feiticeira chamada Ela.

6° - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (C.S. Lewis) – 1950 – mais de 85 milhões de cópias

Neste livro são narradas as aventuras dos quatro irmãos Pevensie: Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, que fugindo dos bombardeios a Londres durante a II Guerra Mundial, vão até a casa de um professor que morava no campo. Lá encontram, dentro de um guarda-roupa, uma passagem que liga nosso mundo ao mundo de Nárnia.
 
5 - O Caso dos Dez Negrinhos (Agatha Christie) – 1939 – mais de 100 milhões de cópias

Esse é o título original, mas por questões raciais depois foi mudado para And Then There Was None. A história passa-se numa ilha deserta situada na costa de Devon, sendo que ela é narrada totalmente na terceira pessoa e descreve a vivência de dez estranhos (entre si) que foram atraídos para a mansão da ilha por um misterioso homem e sua esposa, que têm as mesmas iniciais: U. N. Owen. Um por um deles parece estar relacionado a algum assassinato e começam a morrer…
 
4- O Sonho da Câmara Vermelha (Cao Xueqin) – Século XVIII – mais de 100 milhões de cópias
O tema principal gira em torno de um triângulo amoroso entre a personagem principal, Jia Baoyu, que ama seu primo adoentado Lin Daiyu, porém está predestinada a se casar com outro primo, Xue Baochai. Este triângulo amoroso tem como pano de fundo o declínio do clã (família) Jia, cujos antepassados foram feitos duques, e no início do romance, este clã está entre as mais ilustres famílias na capital.
 
3- O Hobbit (J.R.R. Tolkien) – 1937 – mais de 100 milhões de cópias
O Hobbit conta a história de um hobbit chamado Bilbo Bolseiro, que nunca pensara em sair de sua toca grande e confortável, até ser apanhado de surpresa por um mago chamado Gandalf e 13 anões (Dwalin, Balin, Kili, Fili, Dori, Nori, Ori, Oin, Gloin, Bifur, Bofur, Bombur e Thorin Escudo-de-Carvalho). Estes queriam recuperar os seus tesouros que tinham sido roubados por um dragão chamado Smaug. Assim, eles saem em busca da Montanha Solitária com o objetivo de recuperar o que lhes pertence, vivendo muitas aventuras durante todo caminho, que envolvem aranhas gigantes, elfos, trolls e outros seres fantásticos.
 
2° - O senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien) – 1955 – mais de 150 milhões de cópias
A história de O Senhor dos Aneis ocorre em um tempo e espaço imaginários, a Terceira Era da Terra Média, que é um mundo inspirado na Terra real, mais especificamente, segundo Tolkien, numa Europa mitológica, habitado por Humanos e por outras raças humanóides: Elfos, Anões e Orcs. Tolkien deu o nome a esse lugar a palavra do inglês moderno, Middle-earth (Terra-Média), derivado do inglês antigo, Middangeard, o reino onde humanos vivem na mitologia Nórdica e Germânica. O próprio Tolkien disse que pretendia ambientá-la na nossa Terra, aproximadamente 6000 anos atrás, embora a correspondência com a geografia e a história do mundo real fosse frágil.

1 - Um Conto de Duas Cidades (Charles Dickens) – 1859 – mais de 200 milhões de cópias
“Um Conto de Duas Cidades” narra a estória dos Manette, uma família nobre francesa, que como muitas outras, se exilou na Inglaterra antes da Revolução Francesa. Os acontecimentos se desenrolam simultaneamente em Londres e Paris, contando a vida dessa família e as peripécias da Revolução e seus antecedentes, incluindo o sentimento de vingança que se apossou da população pobre da França.

 Fonte: Site Livros só mudam pessoas.

Livraria é lugar de terapia



Entrar numa livraria é, em si mesmo, um ato terapêutico. Tudo ali converge para a cura do tédio e outras doenças: livros que querem gente e gente que gosta de livros, gente que trabalha com livros e gente buscando livros, cheiro de livro, livros em exposição, suas capas, a sensação incontestável de que o mundo é feito de papel e palavras.

Pelo menos uma vez por semana, saia da cama com a ideia fixa: entrar numa livraria. Fique ali durante meia hora, ou mais. Toque os livros e se deixe observar por eles.

Escolha um, leia algumas páginas ao acaso. Visite autores conhecidos. Conheça novos autores. Não pisque, não hesite, arrisque, molhe os pés nas águas frias de algum livro.

Não é preciso comprar nenhum livro no dia em que estiver na livraria. Basta ficar ali dentro, experimentando o clima livral, como se o mundo fosse aquilo só, aquela fosse a paisagem em que nos coube viver.

Escolha um dia qualquer, entre na livraria, para ouvir a respiração dos livros, seus sussurros, seus chamados silenciosos, sentir no ar a aflição dos livros — porque eles querem sair para conhecer a realidade aqui fora.

Se algum livro conquistar você, compre-o então, tire-o de lá, daquela prisão, daquela redoma, daquele orfanato, daquele abismo. Leve-o para fora, prometa-lhe a leitura mais intensa, as descobertas mais empolgantes, os delírios de quem lê. Leve-o para fora dali. Para dentro da sua vida.

O livro comprado e levado é mais do que uma nova companhia. É compromisso para sempre, na euforia e na depressão, na miséria e na abundância, sem possibilidade de empréstimos, pois bem sabemos que livro não se empresta… Nem se devolve.

Ao chegar em casa, deixe o livro descansar um pouco, não tenha pressa. Deixe que ele se sinta à vontade. Mais tarde, quando enfim vocês dois estiverem juntos e puderem conversar em paz, esqueça-se de tudo, para lembrar o essencial.

Contudo, muitos outros livros estão ainda na livraria, sem destino, correndo o risco do encalhe, abandonados à própria sorte, ameaçados pelo esquecimento, pela morte. É preciso, portanto, voltar até lá, mergulhar outra vez na livraria.

Entre na livraria qualquer dia desses. Lá estão eles, os livros. Não queira saber se são caros ou baratos, famosos ou modestos, compreensíveis ou obscuros. Entre lá. Eles estão esperando por você, ansiosamente.

Texto de Gabriel Perissé publicado originalmente no Portal Café Brasil

Cheiro de Livro

Eis uma novidade para quem gosta de cheirar livros…O Spray Smell of Books!!!

Desenvolvido especialmente para ser utilizado com leitores digitais de livros como Kindle, esse Spray garante o cheirinho de livro, do qual muitos sentem falta nos e-books.
Do site do fabricante:
“Seu Kindle dá a sensação de ter algo faltando em sua leitura?
Você tem evitado e-books porque eles não cheiram como livros?”
Seus problemas acabaram!!! Em vários aromas, o spray promete dar a sua leitura exatamente o que você necessita:

Classic Musty Scent, segundo o fabricante, é como ter os trabalhos reunidos de Shakespeare em lata.

Já o Crunchy Bacon Scent foi desenvolvido para suas leituras durante o café da manhã.

O cheiro desse, segundo o fabricante, é como pegar um livro da casa de sua avó!!!

Cheiro de livro novo – “Seus amigos nunca saberão que você está lendo um e-book”.

Para quem quer saber como é viver em um romance de Jane Austin!
Desculpas contra leitores digitais??? Não mais!!!

Fonte: Site Livros só mudam pessoas - livrosepessoas.com

Quarto filme de As Crônicas de Nárnia será baseado no sexto livro da série


Apesar de a terceira parte de “As Crônicas de Narnia” ter ido bem nas bilheterias, a Fox e a Walden Media parecerem estar pensando em encurtar a série baseada nos livros de C.S. Lewis. Segundo o Collider, os executivos do estúdio estão conversando bastante sobre a possibilidade de o próximo filme não ser baseado no livro “A Cadeira de Prata” e sim em “O Sobrinho do Mago“, sexto volume da série de sete livros. O co-fundador da Walden Media, Michael Flaherty, fala sobre a idéia.

“Começamos a conversar com a Fox e fale sobre ‘O Sobrinho do Mago’ ser nosso próximo filme. Se todos concordarem em seguir em frente, então teríamos que encontrar alguém para escrever o roteiro. Mas, ainda levaria alguns anos.“

Ele diz que a razão para a decisão seria porque o livro é um de seus favoritos da série, que explica detalhes como a origem do Guarda-Roupa e do mundo de Nárnia. Outra razão para a decisão seria o fato de que os irmãos Pevensie só voltam a aparecer no último livro da série, mas o fato de que o sexto volume age como um prelúdio despertou o interesse do estúdio. A trama mostra dois jovens, Digory e Polly, que são levados ao mundo de Chan através de anéis mágicos feitos pelo tio do menino. Ao chegar naquele mundo sem vida, eles acidentalmente libertam a perigosa feiticeira Jadis e depois são levados ao mundo de Nárnia, recém-criado por Aslam.

Texto escrito por Camila Fernandes, em Cinema com Rapadura.

Valdinete Moura lança Mulheres na Chuva em noite de autógrafo

 
Foi realizado nesta quinta feira (24), no Salão Nobre do Instituto Histórico e Geográfico o Lançamento do livro "Mulheres na Chuva" da escritora Valdinete Moura.
O evento foi iniciado com o escritor e também membro da Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência (AVLAC), Arquiles Petrus, fazendo a apresentação do livro da professora Valdinete.
Petrus informou que teve o privilégio de ler o original da obra da autora e que após a leitura concluiu que a obra prima já havia ficado tempo demais guardado a sete chaves, então convenceu a autora a publicar o mesmo.
Em seguida a professora Valdinete conversou com o público presente, falando de seu livro e respondendo perguntas dos convidados.
Segundo a autora, "Mulheres na Chuva" é uma seleção de contos que tratam sobre o universo feminino em diversas situações, os personagens centrais são mulheres e todas passam por momentos difíceis, expondo seus desejos e anseios sobre o juízo e interpretação do leitor.
"Mulheres na Chuva" foi escrito nos anos 80, mas só publicado agora, seu primeiro livro foi “Voz interior” lançado em 1986. A autora ocupa a cadeira n. 02, do escritor Osman Lins, na Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência, ocupando a atual presidência.
Veja algumas frases da autora:
“É mais fácil escrever do que lecionar. Escrever é o resultado da observação do que esta ao seu redor”;
“Aprendiz de mulher foi o primeiro conto que escrevi e foi premiado num festival em Timbaúba”;
“Antes do computador, quando estava criando, escrevia meus trabalhos com caneta vermelha”;
‘“Os meus contos são fictícios, não existe nenhum autobiográfico”.
O livro também será lançado na livraria saraiva no Recife na primeira quinzena de abril.
Por Orlando Leite
Fonte: Vitoria1.com

sábado, 19 de março de 2011

De best sellers a raridades: um mar de livros na Biblioteca Pública do Estado

Acervo do espaço conta com 263 mil exemplares

Obras que perpetuam a memória cultural e democratizam a informação, os livros são meio de comunicação importante na formação do indivíduo. Por meio deles, é também desenvolvida a capacidade crítica e criativa. Com acervo de cerca de 263 mil exemplares, a Biblioteca Pública do Estado cumpre bem essa função, guardando tesouros antigos e atuais, disponíveis a quem interessar
A localização geográfica privilegiada, em frente ao Parque 13 de maio, no Centro do Recife, é um facilitador para o acesso de visitantes, cuja maioria é de estudantes. O acervo está disponibilizado em seções nos três pisos da biblioteca.

Literatura nacional e internacional, gibis, livros didáticos, lançamentos recentes ou de edições limitadas, manuscritos, textos em Braille e coleção pernambucana são encontrados no espaço. Quem quiser adentrar pelo mundo das letras vai encontrar na biblioteca acervo diversificado, que vão de obras populares e best sellers até raridades nacionais e internacionais.

O material chega a atrair públicos assíduos. Pesquisadores e estudantes compõem a maior parcela. Há pelo menos cinco anos, o professor de Arte-educação Eisenhower Honório, 40, frequenta a biblioteca pública. "Venho duas vezes por semana para pesquisar sobre minha área e também ler jornais. Chego a passar até três horas aqui". Para ele, compensa o deslocamento que faz do bairro de Boa Viagem ao centro para consultar o acervo.


Disponível para empréstimos, no térreo, está uma coleção de obras nacionais e estrangeiras, da qual a maioria é de literatura. Títulos cuja permanência é variável, dependendo da demanda do público. Lá, podem ser encontrados exemplares de literatura latina, sendo a maior parte portuguesa, além de obras de escritores ingleses, árabes, turcos, asiáticos e australianos traduzidos para o português.
No setor de leitura destinado ao público infanto-juvenil, os livros mais procurados são os dos escritores Pedro Bandeira, Monteiro Lobato, Ruth Rocha, Ana Maria Machado e Ziraldo. Aproximadamente 15 mil títulos compõem esse acervo, que inclui também dicionários e enciclopédias. Autores pernambucanos, como Paulo Caldas, Ronaldo Brito e Socorro Miranda também ganham espaço nas prateleiras, contribuindo na formação dos pequenos.

Obras raras e cultura pernambucana ganham destaque

Na seção de obras raras e iconografias, há um verdadeiro resgate da história colonial brasileira. Manuscritos de cartas e ordens régias, sesmarias, ofícios do Governo, patentes e atos de Câmaras Municipais desde o século 17. É neste setor que fica cuidadosamente guardado o Manual de Confessores e Penintentes, uma obra religiosa portuguesa, datada de 1560. No total, são 16 mil títulos.

Dentre as raridades, uma edição de Os Lusíadas, do escritor português Luís Vaz de Camões, do século 17, e alguns dos primeiros exemplares de livros de Monteiro Lobato, como Emilia no País da Gramática e Ideias de Jeca Tatu. A este acervo, porém, o acesso é restrito, sendo mediado por profissionais da biblioteca.

Para pesquisa rápida, os usuários têm à disposição dicionários de oito línguas diferentes e enciclopédias antigas e atualizadas. "Nós temos um dicionário Hebreu-Francês, por exemplo, que só possui um exemplar e é consultado pela mesma pessoa, pelo menos uma vez por mês", conta o bibliotecário do setor de referência, Wagner Carvalho.

ESTADO - A história de Pernambuco é contada nas prateleiras, fragmentadas em exemplares de autoria de escritores pernambucanos ou que tratam do Estado. Relatórios oficiais de órgãos públicos, história da cultura e da imprensa. Um rico acervo que guarda a memória da comunidade e o modo de construir o seu futuro.

São cerca de 25 mil volumes, compostos por livros, almanaques, leis e outros escritos. Tudo disponível para pesquisa. As temáticas mais procuradas são o período de colonização holandesa e o processo de urbanização do Recife no século 19.

Fonte e foto: NE10

terça-feira, 15 de março de 2011

Valdinete Moura lança obra no dia 24 de março


Mulheres na Chuva é uma seleção de contos que tratam sobre o universo feminino em diversos aspectos. Sempre em saia justa, as personagens expõem seus desejos como quem se entrega por inteiro ao juízo da observação do leitor.


Escrito nos anos 80, mas só publicado agora, Mulheres na Chuva imortaliza-se pela ousadia na construção das personagens. Vale à pena entrar neste universo feminino, que será lançado em Vitória de Santo Antão no dia 24 de março, às 20h, no Instituto Histórico.

Mulheres na Chuva é o livro de reestréia da escritora Valdinete Moura, que publicou o seu primeiro livro “Voz interior” em 1986. A autora ocupa a cadeira n. 02, do escritor Osman Lins, na Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência, ocupando a atual presidência.


Foto: Blog A Voz da Vitória.

SERVIÇO:
Lançamento do livro "Mulheres na Chuva" da escritora Valdinete Moura.
Data: 24/03/2011
Lançamento às 20h.
Local: Salão Nobre do Instituto Histórico e Geográfico
Rua Imperial, 187 - Matriz - Vitória de Santo Antão - PE
http://www.iluminenet.com.br/

sábado, 12 de março de 2011

Crítico inglês alimenta polêmicas na literatura

James Wood (foto), da "New Yorker", lança no Brasil "Como Funciona a Ficção", que funciona como um guia para se ler melhor

Foi-se o tempo em que a palavra de um crítico era suficiente para decretar o paraíso ou o inferno de uma obra de arte. No caso da literatura, já não há alguém com a influência de Edmund Wilson (1895-1972), que promoveu a geração de F. Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway e celebrou clássicos do modernismo logo no lançamento (Marcel Proust, James Joyce e T.S. Eliot entre eles). Alguns dos grandes críticos atuais estão muito velhos para o debate público, caso de Harold Bloom e George Steiner; outros morreram há poucos anos, a exemplo de Susan Sontag.

Uma grata exceção é o inglês James Wood. Atual titular da seção de livros da revista americana "The New Yorker" (cargo que já foi, aliás, ocupado por Wilson e Steiner), Wood pode não ter a capacidade de transformar a trajetória de um romance, mas seus artigos ainda fazem muito barulho. A ponto de ter sido um criado um blog dedicado apenas a atacá-lo, Contra James Wood (contrajameswood.blogspot.com), atualmente pouco atualizado.

Entre os argumentos de seus detratores, está o de que o britânico recorre a preferências puramente pessoais para atacar ou defender os autores. É, por exemplo, admirador do realismo do século 19, praticado por autores canônicos do nível de Flaubert, Henry James e Tchekhov, o que lhe garante a pecha de “conservador”. Aprecia ainda o que chama de “estilo livre indireto”, no qual a voz do personagem se mistura à do narrador.

Segundo os inimigos do crítico, existe um preconceito por parte dele em relação a quem não se encaixa nesses preceitos. O alvo favorito de Wood é o que ele classificou de “realismo histérico”, estilo caracterizado pelos truques pós-modernos e pela pouca ênfase na psicologia dos personagens. Thomas Pynchon, Don DeLillo e David Foster Wallace se encaixam no conceito.

James Wood, que já passou pelas redações do jornal britânico "The Guardian" e da revista "The New Republic", é professor de crítica literária em Harvard. A experiência o inspirou a escrever "Como Funciona a Ficção", uma espécie de guia para se ler melhor, baseada na análise de aspectos básicos do texto ficcional - personagens, discurso, realismo, ponto de vista. O autor aceitou falar com o iG sobre o livro, que será lançado hoje pela Cosac Naify.

iG: Seus artigos causam polêmica no meio literário. É obrigação do crítico ser brutal em determinados textos?James Wood: Os críticos escrevem para os leitores, não para os escritores. Então o que pode parecer uma crueldade enorme quando se trata de um texto que provavelmente será lido pelo autor, não fica tão cruel assim se você se lembrar de que está escrevendo para os leitores, que há um serviço prestado pelo resenhista. Nesse sentido, acho que os críticos precisam ser brutalmente cruéis, sim. Claro que isso não é muito positivo se você pensar só no escritor.

iG: Existe um blog dedicado a examinar e atacar seus textos, o Contra James Wood. A que atribui essa raiva pessoal que algumas pessoas sentem pelos seus artigos?James Wood: Alguns dos blogs nos EUA fazem uma espécie de guerra literária entre os “tradicionais” e os “novos” da literatura. De um lado há aqueles tidos como conservadores, pessoas que gostam de realismo, que escrevem para um grande público. Do outro lado, há a linhagem avant-garde, antirrealista, formada por pessoas que experimentam estilos radicais na forma do romance, admiram gente como o David Foster Wallace (escritor morto em 2008). Gosto de pensar que estou bem no meio desses dois lados antagônicos. Escrevi "Como Funciona a Ficção" para tentar estabelecer essa minha posição central. Mas algumas pessoas, como as que escrevem no Contra James Wood, não me veem como estando no meio, e sim como alguém do establishment, e me atacam por acharem que sou conservador.

Eles gostam apenas do risco na ficção, da quebra de regras, do excesso. Também gosto disso em literatura, claro. Mas essas pessoas não gostam de simplesmente nada que eu escrevo. É uma pena pensarem que sou desse establishment. E, do ponto de vista de um blog, é importante atacar alguém que pertença a essa elite, como acham que eu pertenço, da maneira como puderem.

iG: Em sua opinião, a literatura se torna melhor quando há crítica realmente severa?
James Wood: Sim, é importante que haja uma boa crítica. Quando as pessoas escrevem sobre mim em blogs ou em outros lugares, fico grato por esses blogs existirem, pois me mostram quando estou ficando muito repetitivo ou conservador. Esses textos me fazem pensar sobre o que eu não estou fazendo corretamente. E acho que é exatamente isso que os críticos têm de fazer para os escritores, mesmo que seja muito difícil para os autores aceitar isso.

iG: Você já publicou um livro de ficção, "The Book Against God" (O livro contra Deus). O que acha do velho clichê de que todo crítico é um romancista frustrado?
James Wood: Faz sentido, sim. Mas com um porém. Muitas das grandes críticas literárias foram escritas por escritores fabulosos, como Henry James ou Milan Kundera, e o tipo de crítica que aprecio é aquela que me empolga como se estivesse lendo um romance. É verdade, no entanto, que hoje muitas resenhas são escritas por romancistas frustrados, mas não podemos nos esquecer de que antes, no século 19, a crítica era formada por grandes ficcionistas.

iG: Se o modernismo começa com Flaubert, como você afirma em "Como Funciona a Ficção", termina com quem? Ou ainda não terminou?James Wood: Não acho que a tradição flaubertiana tenha acabado. E uma das razões pela qual eu dei a Flaubert esse prestígio no livro foi para mostrar que esse estilo de realismo que ele inventou continua a ser usado na literatura, até mesmo nos best-sellers. Não gosto necessariamente de todos os produtos nascidos a partir desse realismo flaubertiano, mas quis ressaltar que algo inventado em 1850 continua sendo usado hoje.

iG: Ainda é possível um autor escrever seguindo preceitos do passado, como a ênfase na trama e nos personagens, e mesmo assim soar contemporâneo? Quem se encaixa nessa categoria?James Wood: Sim, muitos exemplos se encaixam perfeitamente nesse quesito. J.M. Coetzee (escritor sul-africano premiado com o Nobel em 2003) é um deles. Alguns de seus romances são mais experimentais e radicais, mas sua obra mais popular, "Desonra", usa o realismo tradicional, tem frases simples e baseia-se em preceitos básicos do realismo. Essa tradição não é exaustiva. O que é incrível no mundo do romance é que a qualquer momento um escritor vem e revitaliza a maneira de escrever o romance - seja um escritor experimental ou tradicional. A maestria está na seriedade com que o projeto é levado. Admiro José Saramago, mas entendo que essa não é a única maneira pela qual alguém possa escrever ficção, ou que todos os livros precisam ser escritos no estilo de Saramago, com frases longas e sem muita pontuação.


iG: O romance, em nossos dias, deve dizer algo sobre os problemas do mundo?
James Wood: Isso é complicado. Pessoalmente, gosto de escritores que tratem da condição humana, que discutam quem somos, quais são as nossas motivações por fazer o que fazemos, os motivos que nos levam a viver. Nesse sentido, a ficção deve dizer algo sobre o mundo, não necessariamente os problemas do mundo, mas sobre o mundo no qual estamos vivendo agora, sobre como vivemos nossas vidas. Mas não acho que a literatura tenha que obrigatoriamente estar repleta de discussões seriíssimas sobre as grandes questões mundiais.

iG: Você elogia o trabalho do português José Saramago. Conhece outros autores de língua portuguesa?

iG: Cursos de escrita criativa podem transformar aspirantes a autores em grandes escritores?
James Wood: Não. Acredito que os bons escritores que frequentaram cursos de escrita criativa já eram bons antes de comparecerem às aulas. Os cursos podem ajudar, é claro. O problema é que há muitas pessoas fazendo esses cursos e muitas delas são ruins. Nos EUA, só deve haver um ou dois bons cursos, e neles provavelmente deve haver alguns poucos bons escritores. Nada mais.

iG: Pouco depois da última eleição presidencial, você escreveu uma análise positiva da retórica de Barack Obama. O governo de Obama está à altura de sua oratória?James Wood: Nenhum governo é tão bom quanto a retórica de um presidente. De todo modo, Obama devia se aproveitar mais de sua oratória, fazer mais discursos, como os que fez durante a campanha. Se ele tem o dom da fala, devia usar isso todos os dias para se comunicar com o povo. Infelizmente, no último ano, ele não se comunicou tanto com os americanos. Mas, de um modo geral, estou satisfeito com o que o governo de Obama está fazendo nos Estados Unidos.

"Como Funciona a Ficção"
James Wood
232 páginas
Cosac Naify
Preço sugerido: R$ 49

Fonte: Portal IG
Fotos: Divulgação

James Wood: Gosto muito de Machado de Assis. Quando tinha uns 20 anos, alguém me disse que, se eu gostava de Tchekhov, iria gostar de Machado, então fui lê-lo. Apesar de não achá-los tão parecidos assim, gosto muito de Machado.

sábado, 5 de março de 2011

Dom Romero e a hipocrisia

Durma-se com um barulho do tamanho de um bonde. O noticiado por responsáveis informativos revela: há mil anos nenhum Papa proclama como beato o Papa que o havia precedido. Ou seja, um processo aberto antes dos cinco anos da morte, conforme formalmente previstos nos procedimentos instituídos para investigar a santidade.

Entretanto, o vazio deixado por João Paulo II estava se tornando melindroso demais numa Igreja que vê debilitada sua credibilidade diante dos inúmeros escândalos que indignam os fiéis, favorecendo migrações para outras denominações ou favorecendo o abandono, ainda que preservando uma espiritualidade sem qualquer vínculo denominacional. Tornar-se necessário atenuar as desesperanças, criando um fato em torno da figura de João Paulo II, um pontífice carismático, atento à cotidianidade das pessoas que admiravam sua simplicidade e sua mensagem profética.

Segundo os noticiários, um acontecido milagre permitiu encurtar os tempos. Para tanto, é necessário que a revelação de uma intervenção sobre-humana se efetive e seja comprovada. Para o Vaticano, santo é a pessoa à qual são reconhecidas virtudes excepcionais.
Anteriormente, o próprio João Paulo II iniciou o processo de beatificação de Teresa de Calcutá, dois meses depois da sua eternização. Diz a imprensa: “antes da pequena mulher que viveu entre os desesperados, o beato mais rápido da história (se assim se pode dizer) havia sido José María Escrivá de Balaguer, pregador que incensava o franquismo e fundador da Opus Dei. Último suspiro em 1975: sete anos depois, nos altares”.
Diferentemente dos acima citados, uma tremenda acusação de hipocrisia emerge dos corações e mentes de milhões de latino-americanos: por que o bispo Dom Romero, assassinado pelo mais cruel reacionarismo da Central América em 1980, até hoje não obteve a mesma consideração da burocracia vaticana, cujo processo foi encaminhado a Roma em 1997, após um início dotado de múltiplas dificuldades. Dom Romero foi atingido mortalmente por balas sectárias da mesma maneira que assassinaram Thomas Becket, arcebispo de Canterbury, 750 anos antes.

A hipocrisia com Dom Romero está desmascarada: certos bispos e determinados cardeais buscam continuadamente marginalizá-lo, impedindo de vir a tona as múltiplas tragédias que ensanguetavam a região no período do seu pastoreio. E os defensores dos oprimidos abençoados por Dom Romero era chamados de comunistas. Aliás, como aconteceu com Dom Hélder Câmara, sempre amada metropolitano de Olinda e Recife.
Além de Dom Romero, o atual papa Bento XVI muito bem se recorda do bispo Dom Pedro Casaldáliga, cuja diocese é a maior do mundo, no Brasil, em Xingó. E como Chefe de Estado, Joseph Ratzinger já deve ter ouvido falar em H.L. Mencken, um famoso jornalista norte-american, “cuja desonestidade, hipocrisia e mediocridade ele vergastava com uma audácia do tamanho da sua autoridade”. E que proclamava que “os deveres diários de um profissional de Deus não têm nada a ver com religião”.
Observando o olhar de Bento XVI, a carecer de calor comunicativo, relembro as perseguições por ele acionadas para condenar Leonardo Boff, Jon Sobrino, Ernesto Cardenal e Miguel D’Escoto. E todo brasileiro cristão consciente ainda guarda na memória a famigerada notificação da Congregação para a Defesa da Fé, antigo Santo Ofício, datada de 20 de março de 1985, assinada pelo atual papa Bento XVI, afirmando que o livro do Leonardo Boff, Igreja: carisma e poder, “continha opções que colocavam em perigo a real doutrina da fé”. E o condenava a um ano de silêncio. Logo depois, para felicidade geral dos seus admiradores, Leonardo Boff largaria a batina.
O Vaticano parece ter uma estima toda especial para patifes e salafrários nazistas e fascistas. Existem documentos, tanto na Alemanha quanto nos Estados Unidos que parecem demonstrar as transferências de fundos nazistas do Reichsbank para o IOR – Instituto de Obras Religiosas, cujo único acionista é o Sumo Pontífice. Em 1945, o ditador Ante Pavelic fugiu, junto com seu gabinete e quinhentos religiosos católicos, encontrando refúgio no Vaticano, juntamente com muito ouro, um volume incalculável de joias e os títulos roubados das suas vítimas. A Santa Sé ajudou-o a fugir para a Argentina, vestido de padre e munido de passaporte especial. Como também auxiliou na fuga a aristocracia nazista do crime, dentre os quais Mengele, Walter Raufc, Adolfo Eichmann, Erick Priebke e Franz Stangl.
A vinculação do Vaticano com a Opus Dei é reconhecida mundialmente. Basta ler o livro Do lado de dentro: uma vida na Opus Dei, de Maria Carmen del Tapi, secretária particular de Josemaria Escrivá de Balaguer durante seis anos, opositora ferrenha da sua canonização. Que muito bem retrata as falcatruas do hoje “mui santo”.
PS. Solidarizar-se com as vítimas da área serrana do Rio de Janeiro é louvável. Mas relegar a terceiros planos a ajuda aos desabrigados de pouca renda da Mata-Sul de Pernambuco, deixando-os ao Deus-dará não é falta de amor regional, além de uma gigantesca hipocrisia? Sepulcros caiados ...
 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Personagens da cultura popular animam a festa de Carnaval no Interior de PE

Da cultura popular, nasceram personagens que viraram marca registrada do Carnaval em Pernambuco. Em Olinda, o Homem da Meia-Noite é um exemplo. Já o Galo da Madrugada é conhecido no mundo inteiro. No Interior, a festa é animada pelos Papangus, os Caretas, os Caiporas e a Bicharada.

Confira quando e onde serão as apresentações desses personagens que animam a festa de Carnaval no Interior do Estado:

BEZERROS
O bloco dos Papangus de Bezerros sai da Praça São Sebastião, no domingo, a partir das 9h. O desfile é animado também com orquestras de frevo e maracatus. A expectativa é de que mais de 300 mil foliões de todos os cantos do Estado participem da festa.

“Estamos com uma estrutura formada para receber turistas e estamos integrados com a Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros. Fizemos reuniões diárias para proporcionar mais segurança aos foliões. Bezerros é tido como um dos carnavais mais tranquilos do Interior”, diz o secretário adjunto de Turismo, Renato Bezerra.

TRIUNFO

Nesta sexta-feira (04), Os Caretas vão desfilam com outros grupos pela cidade. A concentração é às 19h, na Praça XV de Novembro. O concurso dos Caretas será na próxima segunda-feira (07).

SALGUEIRO
A Bicharada do Mestre Jaime desfila domingo (06) e terça-feira (08). A concentração é às 15h e segue pelas ruas e avenidas divertindo o público.

PESQUEIRA
O bloco dos Caiporas também sai no domingo e na terça, sempre às 20h, da Praça Dom José Lopes e percorre as ruas do Centro. 

Fonte: PE360Graus